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13/05/2025Por Carlos Fernandes, do Ongrace

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A boa e velha marmita está em alta. De acordo com a pesquisa Panorama da Alimentação no Trabalho, realizada pelo Instituto QualiBest, 56% dos trabalhadores brasileiros levam comida pronta para o ambiente profissional. Essa prática, há muito tempo enraizada na cultura nacional, historicamente esteve associada às camadas de menor renda, para quem a refeição caseira sempre foi importante fonte de nutrientes e de economia.
Hoje, no entanto, esse cenário está mudando. Outro estudo, realizado pela Kantar Consultoria verificou que as marmitas ganham espaço nos refeitórios das empresas, e não apenas no chão da fábrica: cada vez mais pessoas das chamadas classes A e B têm recorrido ao recurso. Cerca de 41% dos trabalhadores com renda igual ou superior a oito mil reais mensais declaram ter o hábito de levar comida pronta, e esse índice explodiu em 2024. Além da busca por uma alimentação com mais equilíbrio calórico, pesa na decisão o custo 23% maior das refeições feitas em restaurantes. É uma mistura de praticidade, saúde e equilíbrio no prato, explica o pesquisador Renan Cavallieri, gerente sênior da Kantar.
Por sua vez, a professora Karine Karam, especialista em Comportamento do Consumidor, aponta que a tendência é uma reação ao fast-food e aos alimentos de consumo imediato, normalmente mais processados. Para ela, fazer a própria comida faz parte de uma mudança no estilo de vida. Neste mundo tão instantâneo, onde aperto o botão, e a comida chega, começamos a observar um movimento contrário, em um estilo de vida mais voltado para o cuidar de si.