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Nunca estivemos tão próximos do fim do mundo. É o que acreditam os cientistas que administram o Relógio do Juízo Final, usado para avaliar os riscos de uma hipotética destruição da humanidade. O instrumento, que nos últimos dois anos marcava “90 segundos” para a meia-noite do apocalipse, avançou e entrou em 2025 cravando “89 segundos” para a hecatombe global.
Criado em 1947 pelo célebre físico americano Robert Oppenheimer, o relógio serve para registrar o quão perto nosso mundo estaria de seu fim. Para isso, diversos fatores são considerados, como a possibilidade de conflitos nucleares, o agravamento de guerras entre nações, catástrofes humanitárias e, ultimamente, mudanças climáticas radicais.
O relógio é mantido pela Bulletin of the Atomic Scientists, uma organização sem fins lucrativos formada por cientistas nucleares. A associação debate questões científicas e de segurança global resultantes de avanços tecnológicos acelerados que têm consequências negativas para os seres humanos. Por meio de um site de acesso gratuito e um periódico acadêmico bimestral, ela monitora indicadores e busca propagar estudos e tecnologias voltadas à paz e ao desenvolvimento.
Apenas “um segundo” pode parecer pouco, mas vale lembrar que, em 2018, o relógio chegou a marcar “dois minutos para a meia-noite”, devido à escalada de testes nucleares em nações, como a Coreia do Norte e o Irã, e ao aumento das tensões entre o Oriente e o Ocidente.
Desde então, o ponteiro tem avançado constantemente diante do fracasso de iniciativas internacionais para conter a degradação do meio ambiente e o aquecimento do planeta, assim como os conflitos na Europa e no Oriente Médio. Recentemente, mais um elemento passou a integrar a coleção de preocupações que aceleram o relógio: o uso indiscriminado de inovações tecnológicas com potencial destrutivo, como a Inteligência Artificial. Teme-se, sobretudo, seus efeitos na produção de armas de destruição em massa, na erosão das democracias pelo mundo e na guerra cibernética.
Os técnicos responsáveis pelos indicadores explicam que o Relógio do Juízo Final captura tendências e leva em consideração a capacidade de líderes políticos, atores econômicos e da sociedade em geral responder às crises com ações efetivas para evitar o aniquilamento total da nossa espécie. A julgar pelo ritmo do ponteiro, sem muito sucesso.