Por Carlos Fernandes, do Ongrace

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Na contramão do mundo e valorizando cada vez mais a instituição familiar, o modelo de casamento celebrado tanto na esfera civil quanto no âmbito religioso é o mais adotado entre os evangélicos. Segundo o IBGE, 40,9% dos cristãos segue esse formato “completo” de matrimônio – ainda que a celebração religiosa seja realizada em menor escala. Esses dados integram o Censo 2022, divulgado em novembro, relativos à constituição das famílias brasileiras.

Em relação à união conjugal firmada somente perante o Estado, os evangélicos também lideram: 29,1% deles optam apenas pelo registro civil. O cruzamento de informações do IBGE revela que as formas de oficialização de união no país vêm mudando bastante nos últimos tempos. Na virada do século, o modelo tradicional era o preferido de 49,4% dos brasileiros; hoje, eles são apenas 37,9%. A renda familiar exerce forte influência nessa decisão: entre os casais com até meio salário mínimo per capita, 24,2% oficializam a união tanto no civil quanto no religioso, enquanto 52,1% vivem apenas em união consensual.

Independentemente dos comportamentos sociais, os evangélicos demonstram forte compromisso com o Senhor e com os princípios bíblicos, ressalta o Pr. Eduardo Pires Mendes, da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) no Tatuapé, na cidade de São Paulo. “O casamento formal é visto de modo sagrado e como expressão de responsabilidade. Por isso, é celebrado diante de Deus e também no registro civil, como prova do valor atribuído à formação da família. Para nós, o casamento não é apenas a união de duas pessoas, mas também um pacto sagrado”, afirma.

Casado há 22 anos com Eliene Carvalho dos Santos Mendes, o pastor defende a família tradicional como modelo instituído pelo Criador, capaz de oferecer equilíbrio emocional, completude à vida e segurança ao casal e aos eventuais filhos. Devido a isso, nos aconselhamentos que realizam, Eduardo e Eliene orientam marido e mulher a manter a transparência, evitar segredos e exercitar o perdão. “A aliança firmada é maior que qualquer conflito. Sempre conduzimos o casal à Palavra de Deus, porque ela oferece princípios que fortalecem o respeito, o diálogo e a perseverança no compromisso”, assevera o pregador.