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11/12/2024
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Passagem do furacão Milton espalhou medo pela Costa Leste dos EUA, mas Igreja da Graça na Flórida tem apoiado a comunidade

Carlos Fernandes, do Ongrace

Culto em Pompano Beach , na Flórida: Igreja da Graça tem sido importante ponto de apoio para comunidade brasileira Imagem: Arquivo pessoal

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No mês de outubro, grande parte da população da Costa Leste dos Estados Unidos teve motivos para ficar assustada: anunciado como uma tormenta de força avassaladora, o furacão Milton parecia estar vindo para não deixar pedra sobre pedra na Flórida, estado banhado pelo Atlântico e muito suscetível a desastres climáticos desse tipo. Previa-se a destruição de casas, a suspensão de serviços de infraestrutura e a possibilidade de vítimas fatais. Um cenário semelhante ao ocorrido na passagem do furacão Katrina, que deixou um rastro de destruição e cerca de 1,4 mil mortos em 2005 nos estados da Louisiana, do Mississipi e na própria Flórida. Vindo do Atlântico, o furacão Milton, assim como o Katrina, foi classificado como categoria 5, a mais alta da escala do Centro Nacional de Furacões (NHC, a sigla em inglês).

O furacão provocou a maior evacuação da região nos últimos oito anos. No dia 9, ele chegou à Flórida, mas já na categoria 3, com ventos de até 200 km/h. Embora tenha perdido forças no dia seguinte, provocou estragos e quatro mortes, segundo as autoridades locais. “Foi um susto”, admite o Pr. Moisés Peres, líder da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Pompano Beach. Sem muito o que fazer contra a tormenta, os irmãos em Cristo oraram. “A Igreja reagiu bem, pela fé. Sabíamos que aqui não seria o principal ponto de impacto. Mesmo assim, ficamos em oração”, recorda-se Peres.

O Pr. Moisés (à esquerda) diz que a Nossa Rádio presta relevantes serviços na informação e orientação sobre o que fazer em caso de calamidades Imagem: Arquivo pessoal

Não é a primeira vez que algo do gênero acontece na região. “Sempre que há notícias como essa, fazemos propósito de oração todos os dias”, continua o pastor. De acordo com ele, anúncios da aproximação de furacões assustam bastante, principalmente os recém-chegados ao país. Nesses casos, a rede de amparo e comunicação formada pela Igreja da Graça faz toda a diferença. Por meio da Nossa Rádio — a principal emissora voltada aos imigrantes brasileiros nos EUA — e das redes sociais, são compartilhadas informações e orientações das autoridades. “As pessoas sabem que, em caso de necessidade, podem procurar nossas Igrejas.” Além de Pompano, a IIGD mantém outro templo em Miami. “Também fornecemos os contatos de serviços de assistência social do estado e informamos sobre os pontos de evacuação e acolhimento, caso seja necessário”, destaca o líder.

Diferente de outros episódios, dessa vez não houve necessidade de recolher donativos para os atingidos. Mas, se nos tempos dos Atos dos Apóstolos, a Igreja primitiva tinha o respeito e a admiração do povo pela mensagem pregada e pelo bem que fazia à sociedade, com a Igreja da Graça na Flórida não é diferente. Além dos cultos, das atividades e do suporte espiritual e emocional, são desenvolvidas ações sociais e há atendimento aos imigrantes. “Temos advogados voluntários que os auxiliam na questão da documentação, e representantes do consulado brasileiro prestam orientação.” Além disso, são oferecidos atendimento médico, auxílio na busca por emprego e apoio para as demais necessidades de adaptação. “Grande parte das pessoas que chegam aqui me falam que seguiram uma ilusão. Porém, esse é um país de muitas oportunidades e que valoriza o trabalho. Devemos lembrar que a Palavra de Deus renova as nossas forças”, conclui Moisés Peres.

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