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Por Carlos Fernandes, do Ongrace

Homem observa desertificação no antigo leito do mar de Aral, na Ásia: mudanças climáticas aceleradas – Imagem: bortnikau / Adobe Stock

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Foi no Período Permiano, último da Era Paleozoica, que a Terra vivenciou sua primeira extinção em massa, há cerca de 250 milhões de anos. Aproximadamente 90% das espécies animais e vegetais foram dizimadas, em um processo longo e devastador provocado por condições climáticas extremas. Segundo cientistas, os quais baseiam suas conclusões em vestígios do passado remoto, o temor de uma nova catástrofe desse tipo nunca foi totalmente excluído, e isso pode estar mais próximo do que se imagina.

Um relatório do Centro de Saúde e Desempenho Humano da University College London, publicado na revista científica The Lancet, alerta que os efeitos das mudanças climáticas têm potencial para desencadear uma nova destruição global – desta vez, incluindo os seres humanos. De acordo com o diretor do centro, Hugh Montgomery, esse processo está em curso. “A extinção pode ser a maior e mais rápida que o planeta já viu, e somos nós que estamos causando isso.”

O cientista, que esteve recentemente no Brasil para um evento internacional sobre saúde e clima, declarou que esse cenário pode se tornar realidade se a temperatura média global chegar a um nível de 3ºC acima dos níveis pré-industriais. Para se ter uma ideia, o mundo registrou, em 2024, um aumento recorde desse indicador (1,5%), e, caso a emissão de gases e poluentes se mantenha igual à atual, o crescimento pode chegar a alarmantes 2,7% em 2100.

Montgomery defendeu a adoção de medidas de adaptação a mudanças climáticas devido ao impacto que já é sentido na saúde da população: “No entanto, isso não pode ser feito em detrimento de uma redução drástica e imediata nas emissões, porque não faz sentido focar apenas o alívio dos sintomas quando deveríamos estar buscando a cura”, afirmou.

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