
Poder da fé e maravilhas em Indaiatuba
06/06/2025Por Carlos Fernandes, do Ongrace

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Houve um tempo em que alguns cristãos se mostravam avessos às modernidades tecnológicas. Até mesmo o computador, cujo uso se popularizou nos anos de 1990, chegou a ser visto, com evidente exagero, como “ferramenta do anticristo”. Décadas se passaram, e as tecnologias digitais se tornaram parte da rotina diária da população, presentes, inclusive, no exercício da fé e na divulgação da mensagem do Evangelho.
Entretanto, em tempos de inteligência artificial (IA), de que maneira a Igreja Evangélica enxerga a capacidade de máquinas realizarem tarefas que, normalmente, demandariam a intervenção do cérebro humano? Para descobrir essa resposta, empresas de tecnologia dos Estados Unidos conduziram uma pesquisa com cerca de 8 mil pastores e líderes de congregações, e instituições cristãs. O resultado não deixa dúvidas: 86% das igrejas entrevistadas nos EUA acreditam que a tecnologia aumenta a conexão entre ela e a comunidade na qual está inserida.
O estudo State of the Church Tech 2025 (Estado da Tecnologia da Igreja 2025, em tradução livre) revelou que o uso da inteligência artificial cresceu 80% em relação à mesma sondagem realizada no ano anterior. De acordo com o levantamento, o emprego de IA se dá, principalmente, em tarefas ocupacionais, como criação de conteúdo para redes sociais, produção de materiais gráficos e elaboração de e-mails. Vemos um consenso avassalador de que a tecnologia desempenha um papel crucial no ministério. Cada vez mais líderes veem essas ferramentas como uma forma de aprimorar, e não substituir, os relacionamentos humanos que são tão essenciais para a Igreja, destaca Kenny Wyatt, CEO da Pushpay,uma das empresas responsáveis pela elaboração da pesquisa.
Um trecho do relatório esclarece que o entendimento da maioria dos respondentes é de que a tecnologia não pode substituir a unção espiritual. “Os líderes são relutantes em confiar na IA para conteúdos pastorais”, consta no documento, o qual indica ainda que menos de um quarto dos indivíduos ouvidos admitem usar a ferramenta para desenvolver devocionais, sermões ou conteúdos de aconselhamento. Para os pesquisadores, essa cautela está associada à própria natureza da vocação pastoral.