A obra realizada por Deus na vida de Abraão, já com cem anos de idade, ainda hoje causa admiração naqueles que a conhecem. Afinal, Jesus nasceria na família escolhida pelo Pai celestial. Imagine se Abraão tivesse desistido de cumprir o propósito para o qual foi preparado pelo Senhor – ser o patriarca de uma linhagem que, cerca de dois mil anos depois, alcançaria uma mulher chamada Maria, sua descendente, a qual aceitou o chamado para ser a mãe do Salvador!
Desde o seu casamento, quantos anos Abraão esperou pela notícia da gravidez de Sara? A esperança do patriarca nunca desapareceu; pelo contrário, foi fortalecida em todas as obras que ele percebia serem frutos da ação de Deus. “Por que o menino não vem logo?” devia ser o pensamento do patriarca, mas ele permanecia confiante de que viria o tempo de seu filho nascer. Quando não havia mais possibilidade pelo aspecto humano, três anjos chegaram até ele e lhe deram a boa notícia. Nunca desista das promessas de Deus!
Podemos nos lembrar do momento difícil pelo qual Abraão passou no Egito, quando o Faraó tomou a sua amada para se casar com ela (Gn 12.14,15). O que poderia fazer se o homem era autoridade máxima daquele país? Será que Deus o ajudaria, ou a Sua promessa não valia mais? Sabendo como agir, o Senhor feriu Faraó com grandes pragas e a sua casa, por causa de Sarai, mulher de Abrão (v. 17).
Isaque poderia ter sido o tetraneto do patriarca, mas decidiu o Criador que seria filho do centenário, e assim aconteceu. Imagine quantos riram ao ver Abraão abraçado ao menino. Será que alguns pensaram que Isaque poderia ter alguma deficiência por ser filho de um casal já em idade avançada? Não importava o que o povo pensava, pois o menino nasceu com todas as faculdades perfeitas, sem qualquer sinal de enfermidade. Ele é fiel!
Nos Céus, saberemos da grande alegria que encheu o coração daquele homem de Deus e da esposa dele, a qual engravidou como se fosse jovem: Pela fé, também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido (Hb 11.11). Marido e mulher serviam ao Criador com o mesmo tipo de fé. Por isso, ele recebeu a dádiva de voltar a ser ativo, e ela para conceber!
O Senhor também pode conceder hoje essa mesma bênção a um casal que enfrenta dificuldades para ter filhos. No entanto, enquanto o marido ou a esposa não estiverem em plena comunhão com o Altíssimo, a tão esperada notícia provavelmente não chegará. Se Ele fez isso por um casal, por que não faria por outro? Quando alguém recebe de Deus a virtude para superar um problema, essa virtude permanece com a pessoa para sempre.
Abraão obteve a vitória, porque creu e batalhou pela fé. Ele esteve diante do Senhor até a batalha ser ganha. Quando ouvimos de Deus alguma promessa, podemos ter a certeza de que já alcançamos a bênção. Basta confiar e nunca retroceder, pois o Altíssimo nos ajuda até quando pensamos em desistir. Às vezes, Ele permite que cheguemos ao limite, e, então, vem a esperada notícia: Todo aquele que nele crer não será confundido (Rm 10.11).
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares