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Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência: dicas de inclusão

População com deficiência no Brasil é estimada em 18,6 milhões

Por Marcia Pinheiro, do Ongrace

O apóstolo Paulo nos ensina sobre a diversidade de pessoas e a relevância do respeito ao
próximo
– Imagem: Ilustrativa/Pixabay

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No dia 21 de setembro, o Brasil comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A data, criada por meio da Lei nº 11.133/2005, tem o objetivo de alertar para a necessidade de políticas públicas que promovam igualdade e inclusão de PCDs na sociedade.

De acordo com dados do módulo Pessoas com Deficiência, da PNAD Contínua 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que há 18,6 milhões de brasileiros de dois anos ou mais com deficiência. Esse número corresponde a 8,9% de indivíduos da citada faixa etária.

A luta lembrada nesse dia é contra o capacitismo, preconceito que pode ser consciente ou não, pautado na ideia de que há um corpo padrão, sem deficiência, considerado “normal” ou ideal. Essa concepção errônea leva muitas pessoas a subestimar a capacidade e a aptidão de pessoas com deficiência, segundo o Ministério da Saúde.

Nós podemos tornar os lugares de culto e adoração a Deus mais inclusivos
– Imagem: Ilustrativa/Pixabay

As Sagradas Escrituras mencionam a Igreja como um Corpo. Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também (1 Co 12.2). Nesse texto, o apóstolo Paulo nos ensina sobre a diversidade de pessoas e a relevância do respeito ao próximo. Portanto, o ato de incluir é bíblico.

A inclusão é a tomada de consciência do indivíduo como cidadão, do pertencimento, reconhecimento e respeito à dignidade humana. Assim como em todas as esferas da sociedade, na igreja, as pessoas precisam estar preparadas para lidar com PCDs. É possível tomar algumas medidas para tornar os lugares de culto e adoração a Deus mais inclusivos.

O desenvolvimento de políticas de inclusão para a comunidade surda fez com que, em 2002, a Língua Brasileira de Sinais fosse reconhecida como língua oficial – Imagem: Ilustrativa/IIGD Pixabay

Confira algumas dicas sobre como agir com pessoas com deficiência física, visual, auditiva e intelectual, a fim de que elas se sintam acolhidas de modo igualitário.

1. Compreenda e respeite as limitações. Cada pessoa, com ou sem deficiência, tem seu tempo e ritmo de adaptação ao ambiente;


2. Evite expressões preconceituosas, como: “se fazer de surdo”, “parece que é cego”. Elas menosprezam ou criticam pessoas;


3. Não desumanize. Sempre pergunte às pessoas como preferem ser chamadas. O cidadão vem antes da deficiência ou de outra característica. Então, diga: “pessoa cega”, “pessoa surda”, “pessoa autista”;


4. Jamais utilize os termos: “deficiente”, “aleijado”, “inválido”, “mongol”, “excepcional”, “retardado”, “incapaz”, “defeituoso” etc.;


5. Evite conversar por mais tempo que alguns minutos com uma pessoa que usa cadeira de rodas, se for possível, sente-se, para que você e ela fiquem com os olhos no mesmo nível;


6. Não se apoie em cadeira de rodas, bengalas e muletas. Esses objetos que oferecem melhor acessibilidade são quase uma extensão do corpo da pessoa;


7. Mantenha as muletas ou bengalas sempre próximas à pessoa com deficiência;


8. Pergunte à pessoa com deficiência, se perceber alguma dificuldade, como deve proceder para ajudá-la. As pessoas têm suas técnicas individuais para subir escadas, por exemplo, e, às vezes, uma tentativa de ajuda inadequada pode atrapalhar. Outras vezes, o auxílio é essencial. Pergunte e saberá como agir e não se ofenda se a ajuda for recusada;


9. Se você presenciar um tombo de uma pessoa com deficiência, ofereça-se imediatamente para auxiliá-la. Siga apenas as instruções dela;


10. Esteja atento para a existência de barreiras arquitetônicas quando for escolher uma casa, um restaurante, teatro ou qualquer outro local que queira visitar com uma pessoa com deficiência física. Evite lugares que não tenham rampas;


11. Ao explicar direções para uma pessoa cega, seja específico. De preferência, indique as distâncias em metros. Quando for se afastar, avise;


12. Utilize seu tom de voz normal para conversar com pessoas cegas. Apenas fale mais alto se ela também apresentar deficiência auditiva;


13. Ao querer se comunicar com uma pessoa surda, acene para ela ou toque levemente no braço dela a fim de que lhe dê atenção. Posicione-se de frente para ela, deixando a sua boca visível de modo que possibilite a leitura labial. Evite fazer gestos bruscos ou segurar objetos em frente à boca. Articule bem as palavras, mas sem exagero. Use a sua velocidade normal, a não ser que lhe peçam para falar mais devagar;


14. Mantenha sempre contato visual quando estiver conversando com a pessoa, para ela não achar que o diálogo terminou;


15. Dirija-se à pessoa surda, mesmo que esta esteja acompanhada de um intérprete;


16. Não superproteja a pessoa com deficiência intelectual. Deixe-a fazer tudo o que puder sozinha. Ajude apenas quando for realmente necessário.

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