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Por Viviane Castanheira, do Ongrace
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O mês de outubro é amplamente conhecido como um período dedicado à conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo de útero por meio do movimento Outubro Rosa. Celebrado mundialmente desde os anos 1990, o objetivo principal é promover o acesso à informação, incentivando o cuidado e a atenção à saúde das mulheres.
No Brasil, essa data foi oficializada pela Lei nº 13.733, de 16 de novembro de 2018, que estabeleceu ações obrigatórias. Essa legislação reforça a importância da campanha nacional de conscientização, visando garantir que mais mulheres possam ter acesso a exames preventivos e informações que salvam vidas.
A campanha tem ganhado cada vez mais abrangência na Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) de todo o país. Na sede estadual da IIGD no Rio de Janeiro, por exemplo, o Projeto Graça em Ação promoveu a terceira edição do Outubro Rosa. Durante a programação, que aconteceu no início do mês de outubro e contou com a participação do ministério Mulheres que Vencem-RJ (MQV), as convidadas tiveram à disposição delas serviços de saúde e beleza, oficinas e sorteios de brindes. “Foi uma oportunidade de explicar como funciona o trabalho feminino em nossas igrejas, fazer atendimento pastoral e orar por todas que visitaram o nosso stand levando a Palavra de Deus para aquelas mulheres que ainda não O conhecem”, explica a Pra. Marilza Lima.
Em Volta Redonda, região sul fluminense (RJ), a líder do MQV, Pra. Rosana Alavarce, ao longo do mês, dedicará a programação do grupo à promoção do Outubro Rosa. “Fazemos um evangelismo mensal com café da manhã, louvor, oração, corte de cabelo e entrega de roupas. Visitamos asilos, para onde levamos não somente a Palavra, mas também carinho e cuidados básicos aos idosos, como corte de cabelo e manicure. Além disso, realizamos um evangelismo aos domingos no Hospital Hinja, na ala da oncologia”, conta a pastora.
Especiais para Deus
Bruna Cavalcante, esposa do Pr. Élder Cavalcante, líder estadual da IIGD no Rio Grande do Norte, acredita que a ação desenvolvida vai além do servir às pessoas. “Quando nos importamos com o próximo, é impossível Deus não honrar nossa vida. Entendo que a Igreja tem um propósito. Ao exercermos o amor a Deus e ao próximo, as bênçãos vêm sobre nós, sobre nosso ministério e nossa família”, afirma. Para Bruna, além de incentivar o autocuidado, projetos como esses servem para revelar o quanto somos especiais para Deus. “Nosso intuito é mostrar às mulheres que elas não vieram a este mundo por acaso”, ressalta.
O trabalho realizado pela MQV de Natal tem rendido frutos. Sob o olhar atento de Bruna e a liderança da Pra. Adenise Aquino de Lima, no ano de 2023, o grupo disponibilizou um mamógrafo móvel para realização gratuita do exame. “Preparamos uma equipe para servir um bom café da manhã, oferecemos atendimento pastoral e a realização da mamografia”, explica Bruna.
Após 15 dias, as mulheres atendidas nessa empreitada, voltaram à Igreja para receber das mãos de uma médica o resultado dos exames, e as que tiveram necessidade foram encaminhadas para o tratamento adequado. “Essa iniciativa encheu nosso coração de alegria. Graças a Deus, com a ajuda da Igreja, essas pessoas puderam submeter-se a esse exame, ter acesso aos resultados e conseguir encaminhamento para acompanhamento especializado. As que apresentaram alguma alteração na mama estão sendo acompanhadas pela nossa equipe, e todas estão bem.” Para este ano, a Igreja também preparou várias ações. “Em outubro, estamos com uma programação voltada para a saúde da mulher após os 30 anos. Vamos ter uma ação social na clínica de recuperação de mulheres e com àquelas que vivem em situação de rua”, relata Adenise.
Igreja em ação
No Norte do país, o ministério MQV da sede da IIGD em Boa Vista, Roraima, também têm feito a sua parte. A Igreja está planejando várias atividades alusivas a essa campanha. “Como mulher e líder MQV, entendo a importância de incentivar a prevenção do câncer e o autocuidado. Geralmente, a mulher está muito preocupada com a família e acaba esquecendo-se de cuidar de si e de seu bem-estar físico, emocional e espiritual”, observa Edinalva Cardoso de Oliveira, líder das mulheres da Igreja da Graça no estado. “O Outubro Rosa é uma oportunidade para promovermos palestras e utilizarmos nossas mídias a fim de estimular a prevenção do câncer e mostrar às mulheres a importância do controle da doença com a realização de exames”, destaca. A líder MQV roraimense ressalta que cuidar do corpo é um ato de amor e respeito a Deus. “Nosso corpo é templo do Espírito Santo, e devemos avançar como Igreja ajudando na prevenção da doença para que sejamos saudáveis. A campanha é uma oportunidade de evitar o sofrimento e a mortalidade das nossas mulheres, com diagnóstico e exames precoces”, alerta.
Bahia
Assim como no Rio de Janeiro, o projeto Outubro Rosa da IIGD Bahia está em sua terceira edição. “Em um ponto turístico de Salvador, abordaremos as mulheres para ouvirem sobre a importância de se cuidar. Aproveitaremos para unir o útil ao agradável: faremos uma caminhada para exercitar o corpo, acompanhada de evangelização e, no fim, realizaremos um luau cantando louvores a Deus!”, conta a Pra. Geovanildes Araújo, líder da MQV baiana. Do mesmo modo que a líder roraimense, a baiana também ressalta o zelo necessário com nossa saúde. “Somos templo do Espírito Santo, precisamos entender a importância do autocuidado. Graças a Deus, temos resultados positivos, com nossas ações dentro da campanha. Recebemos feedbacks de irmãs que tinham receio de fazer exames médicos, com medo de descobrir algo ruim, mas que mudaram esse penamento!”
Cura com prevenção e fé
A fé pode ser uma grande aliada no enfrentamento do câncer. Muitas mulheres encontram conforto e esperança em Deus durante essa adversidade. Foi o que aconteceu com Maria Aparecida Custódio de Oliveira, de 59 anos. Em 2008, ela, que é doméstica, descobriu um câncer de mama em estágio avançado e precisou passar por três cirurgias e um longo tratamento até a cura. Maria trabalhava em dois empregos e ainda precisava cuidar do pai que se recuperava de um AVC e da mãe adoentada. “Comecei a sentir um desconforto do lado esquerdo e achei que fosse por causa do excesso de demanda, mas a dor persistiu e se agravou. Diante disso, busquei ajuda médica, e foi constatado o câncer na mama esquerda. Naquele momento, parecia que eu tinha perdido o chão ou caído em um abismo”, relembra-se.
Para realizar os procedimentos necessários, Maria teve de deixar o município de Costa Rica, no interior do Mato Grosso do Sul, onde reside e viajar para Campo Grande, a capital do estado. O deslocamento a afligia, pois implicava em deixar os pais sozinhos, mas ela não tinha escolha.
“Ninguém podia me acompanhar na viagem, porque meu marido trabalhava em outra cidade. Eu ainda não conhecia Jesus, mas, em um momento de tristeza, Deus me mostrou uma Igreja recém-inaugurada. Entrei, buscando conforto e abrigo, e encontrei.” Era a IIGD em Costa Rica, onde Maria congrega até hoje. “O pastor estava falando sobre o Salmo 23. Eu estava andando no vale da sombra da morte, e Deus falou ao meu coração. Naquele momento, senti que precisava acreditar na restauração da minha saúde. Não deveria temer mal algum, pois Jesus estava comigo”, emociona-se ela, que já havia passado por três cirurgias, pesava 40 kg e tinha ouvido do médico que só um milagre a salvaria. “Na Igreja, aprendi a declarar a minha cura, e foi o que fiz. Determinei que aquele tumor não voltaria mais. Não descuidei do tratamento, continuei na obediência. Em 2017, quase dez anos após o diagnóstico, o especialista disse que eu estava sarada e me deu alta.”
Hoje, Maria é só alegria! “Sou uma pessoa ativa, trabalho, cuido do evangelismo na Igreja e sou obreira. Agora, posso declarar para quem quiser ouvir: ‘Deus pode fazer o impossível!’ A Palavra do Senhor diz que quem crer verá a glória de Deus [Jo 11.40], e eu sou a prova disso!”.
A baiana radicada em Campo Grande (MS), Gilmaria Barbosa de Jesus Ilario, 62, também foi sarada. Segundo ela, exames de rotina apontaram um nódulo maligno na mama. Devido a isso, Gilmaria foi submetida à quimioterapia e radioterapia. “Esse fundo do poço me fez ter um encontro verdadeiro com Cristo. Hoje, vivo pela graça e misericórdia dEle”, conta ela, que encontrou na fé a força para enfrentar a luta contra o câncer. “Precisei tomar medicação por cinco anos e fazer acompanhamento por dez. Só depois desse período, tive alta médica”, relata Gilmaria. Ela credita a sua vitória a uma ação divina. “Fiz todo o tratamento determinado pelos médicos, mas sabendo que o meu Deus, Aquele que me deu vida, já me havia curado. Graças a esse Pai que tudo pode, nunca mais tive nada.”
Gilmaria deixa um recado para as mulheres: “Não deixem de se cuidar, porque fui diagnosticada por meio de um exame de rotina. A doença detectada na fase inicial tem chances de cura. Então, temos de fazer a nossa parte e ter fé, tudo dará certo”, aconselha ela, que é aposentada e congrega na IIGD Moreninhas, em Campo Grande.