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Alexandre Giachetto, editor-chefe e apresentador do Jornal das 22 da RITTV, fala sobre o impacto da mídia cristã
Por Marcia Pinheiro, do Ongrace
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O Dia Mundial da Televisão, celebrado em 21 de novembro, é uma data importante para refletirmos sobre o papel da mídia no mundo moderno. Para a produção de conteúdo voltado ao público cristão, a televisão assume um papel significativo na formação de valores, educação e entretenimento. Este momento é crucial para debatermos a responsabilidade de criar uma programação que ofereça alternativas positivas aos telespectadores. Alexandre Giachetto, editor-chefe e apresentador do Jornal das 22 da Rede Internacional de Televisão (RITTV), falou sobre as responsabilidades e os desafios de levar conteúdos edificantes às famílias brasileiras.
Ongrace: Como você vê a importância da televisão como meio de transmitir valores cristãos na sociedade contemporânea?
Alexandre Giachetto: A televisão é a principal ferramenta de comunicação de massa do Brasil. A TV aberta atende 29 milhões de brasileiros que não possuem internet e é a principal porta de informações com o mundo. Por isso, no Brasil, a pregação da Palavra de Deus tem como divulgação essencial os canais gratuitos.
A mídia tem relevante participação nos valores cristãos e não cristãos. Quando aposta em conteúdos eróticos, por exemplo, alimenta os valores não cristãos. Mas, quando divulga shows gospel, encontros de jovens cristãos ou datas comemorativas, como o Dia da Reforma Protestante, propaga as Boas-Novas.
A RITTV é um exemplo positivo da eficaz propagação do Evangelho. Além de ter censura livre em todos os horários, tem foco na família tradicional e cobre pautas contra o aborto e a favor da vida. Casamento de acordo com a Bíblia, convivência social e a criação dos filhos são preocupações constantes da linha editorial da emissora.
Quais são os principais desafios que a emissora enfrenta ao produzir conteúdo conservador e cristão para a televisão?
O desafio da RITTV é sempre ser verdadeira e respeitar os preceitos bíblicos. Há uma preocupação em apresentar uma linguagem comum entre os evangélicos. Eles, por exemplo, não rezam, mas oram.
Que tipo de impacto você acredita que um conteúdo cristão e conservador pode ter na sociedade, especialmente nas novas gerações?
É o mesmo impacto da pregação da Palavra de Deus há 500 anos. Quem segue a Bíblia não se embaraça e tem confiança somente no Senhor, que é soberano. O conteúdo televisivo é como uma sala de aula. Alguns ensinamentos presentes em novelas seculares prejudicam a família, enquanto as transmissões de cultos ao vivo têm a capacidade de mudar a mentalidade de jovens e idosos.
Quais são os maiores desafios na criação de um conteúdo que seja ao mesmo tempo fiel aos princípios cristãos e de alta qualidade de produção?
O maior desafio de fabricar conteúdos é o orçamento. Tudo em televisão ou qualquer tipo de mídia depende de financiamento. Felizmente, patrocinadores de diversos ministérios cristãos no mundo ajudam com doações. Juntos, os doadores fazem a diferença.
A narrativa cristã sólida não é prejudicada pelo jornalismo, por exemplo. As notícias, sejam elas quais forem, são úteis para entender a sociedade. E a ótica cristã faz parte do viés editorial da RITTV.
Como o público cristão reage à oferta de conteúdos na emissora?
O público cristão reage com uma audiência significativa. A RITTV é a televisão aberta mais evangélica do Brasil, e o país possui mais de 30% de evangélicos; em algumas regiões, chegam há 40% da população. Não dá para desconsiderar esses dados. Nem a Rede Globo desconsidera esses números. Tanto é verdade que muitos roteiros de dramaturgia também são pensados para atrair os evangélicos. A preocupação com esse grupo é tão grande que até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca constantemente aproximação com os cristãos pentecostais.
Como você vê o futuro da produção de conteúdo cristão na televisão? Quais tendências você acredita que irão moldar a programação desse segmento nos próximos anos?
O futuro da televisão aberta com conteúdo cristão é o mesmo da televisão aberta com conteúdo secular. Ambas necessitarão, cada vez mais, de produções ao vivo. Seja com jornalismo, seja com cultos/ensinos ao vivo. No dia 15 de novembro, o streeming provou que a luta de boxe entre Mike Tyson e Jake Paul, com transmissão ao vivo na Netflix, é o caminho do jornalismo em um mundo midiático tão competitivo. Ao vivo é mais vibrante, e todas as pessoas ligam a TV para ver as novidades.
A representação dos cristãos e seus valores tem sido, muitas vezes, minimizada ou distorcida na mídia secular. É preciso mudar estratégias?
Cristão de verdade não precisa de marketing e estratégias publicitárias. Basta ser verdadeiro para fazer sucesso por onde passar.
Qual mensagem você gostaria de deixar para os telespectadores que celebram o Dia Mundial da Televisão, especialmente aqueles que buscam conteúdos cristãos na TV? O que a emissora tem a oferecer a eles?
Trabalho em uma emissora cristã de verdade. Digo com convicção que quem quer educar os filhos, entender análises aprofundadas da Bíblia ou apenas ter informações a todo o tempo, sem manipulações comerciais ou sensacionalismo, liga na RITTV.
Para os novos produtores de conteúdo cristão, não existe pílula mágica. O caminho é bem parecido ao do produtor que aceita fazer todos os tipos de conteúdos. É preciso ler bastante e, acima de tudo, ter disposição. Conheci jovens que começaram bem e, depois, passaram a reclamar de tudo. Quando comecei no rádio como repórter, em 1995, eu trabalhava de dia e ia à faculdade de noite. No outro dia, antes do sol raiar, eu já estava apurando notícias em algum lugar. Gosto de dizer que nunca fui melhor que ninguém, mas desejei as profissões de radialista e jornalista mais que muita gente. Essencial é perseverar sempre e nunca desistir.