
Novos achados lançam luz sobre o período do rei Josias
30/04/2025Por Carlos Fernandes, do Ongrace

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Nunca se escreveu tão mal quanto hoje. A geração Z — composta por indivíduos nascidos entre 1995 e 2010 — tem pouca ou nenhuma familiaridade com lápis, papel e caneta. A ponto de a habilidade de escrita desses jovens ser considerada a pior já registrada. O declínio está diretamente relacionado ao fato de ser a primeira geração de nativos digitais, aqueles que cresceram e foram educados em um ambiente dominado pela tecnologia da informação, no qual computadores, tablets e smartphones substituíram os métodos tradicionais de escrita.
Uma pesquisa realizada entre estudantes da Noruega, um dos países com melhor padrão de vida no mundo, revelou que 40% dos analisados apresentam dificuldade de escrever manualmente de forma legível e demonstram tédio ao se verem forçados a fazê-lo. Como resultado, a caligrafia fica ilegível, e as frases escritas não seguem uma linha reta, mas desviam-se para cima e para baixo. Para essa geração, o bom e velho caderno de caligrafia, em que pais ou avós desenvolviam a arte da escrita, é hoje mera peça de museu.
De acordo com o estudo, é ainda mais alarmante a baixa qualidade dos textos produzidos pela mocidade norueguesa atual, que ocupa os bancos universitários ou está ingressando no mercado de trabalho. A construção de ideias se mostra sofrível, e as argumentações carecem de fundamento e fluidez, diz a Profª Nedret Kiliceri, que participou do levantamento. A influência das redes sociais e a predominância de testes de múltipla escolha levaram os alunos a evitar frases longas. Muitos acreditam que juntar frases soltas já constitui um parágrafo, sem perceber a necessidade de conexão entre as ideias, acrescenta ela.
As previsões de futuro, com tantas facilidades tecnológicas cada vez mais acessíveis, são bastante pessimistas. No entanto, na opinião de Nedret, esse quadro pode ser revertido com medidas simples, como reservar um tempo para a prática da escrita manual. Uma abordagem híbrida, que combine o uso de ferramentas digitais e práticas tradicionais, pode ajudar a manter o equilíbrio entre eficiência e profundidade na comunicação, conclui a docente.