Pausa programada, vida saudável
13/09/2025
Pausa programada, vida saudável
13/09/2025

Agências cristãs acolhem afegãos no Brasil

Por Carlos Fernandes, do Ongrace

Afegãos são atendidos por profissionais de saúde na chegada ao Brasil: programa de acolhimento tem participação de agências cristãs – Imagem: Rovena Rosa / Agência Brasil

COMPARTILHE


O Governo Federal firmou um acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) com objetivo de ampliar o acolhimento a imigrantes afegãos no Brasil. O Programa Brasileiro de Patrocínio Comunitário conta com a participação de instituições cristãs brasileiras, como a Junta de Missões Nacionais (JMN) da Convenção Batista Brasileira, a Missão em Apoio à Igreja Sofredora (Mais) e a missão Panahgah, cujo nome significa refúgio em dari, uma das línguas faladas no Afeganistão. Atualmente, essas organizações já prestam apoio a imigrantes, mas a previsão é aumentar significativamente a capacidade de acolhida aos refugiados que chegam ao território nacional.

Segundo estatísticas do Ministério da Justiça, 175 afegãos foram acolhidos e 235 vistos humanitáriosforamexpedidos em 2025. Com o aporte de recursos e o incremento da participação das agências cristãs envolvidas, a meta é receber 1.500 pessoas nos próximos meses. “Esse apoio representa um importante reforço às políticas migratórias e humanitárias do Brasil, em especial ao nosso compromisso com a acolhida e a integração dos afegãos”, destacou o secretário Nacional de Justiça, Jean Keiji Uema, em entrevista à Agência Brasil.

O fluxo migratório oriundo do Afeganistão aumentou substancialmente a partir de 2021, quando houve mudança no poder no país asiático e foi intensificada a perseguição a grupos minoritários, como as comunidades cristãs. Parceira no programa de acolhimento e ajuda à integração dos imigrantes, a JMN mantém, em Morungaba (SP), a Vila Minha Pátria, centro de recepção e alojamento temporário onde os estrangeiros podem se hospedar antes de serem encaminhados para os destinos definitivos determinados pelo governo brasileiro. Lá, eles recebem cuidados básicos, auxílio no contato com familiares e com igrejas que podem apoiá-los, além de noções sobre o cotidiano e a cultura no Brasil.

“Hoje, além de afegãos, recebemos refugiados de outras nove nacionalidades”, destaca a coordenadora da Vila Minha Pátria, Jennifer Soares, em entrevista à revista Christianity Today. Outro foco da atuação dos obreiros cristãos junto aos imigrantes são aulas básicas de Português, orientação em questões ligadas à imigração, workshops sobre os sistemas públicos de educação e de saúde, além da formação de uma rede de igrejas e doadores que possam fornecer suporte aos estrangeiros.

Chave Pix Copiada!

A chave Pix foi copiada para a área de transferência.