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Um documento divulgado pelos participantes do 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia no dia 18 de setembro causou impacto no Brasil. Trata-se da Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2025, que passa a classificar como pré-hipertensivo o quadro de pessoas que apresentem, ao exame específico, pressão arterial com valores entre 120-139mmHg e 80-89mmHg. A partir de agora, a chamada pressão “12 por 8” já não é mais considerada normal, como se tratou por muito tempo. A norma técnica foi firmada por algumas das principais entidades médicas do país, como a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH).
A pressão arterial é um dos principais indicadores da saúde, já que sua elevação predispõe o indivíduo a diversos riscos cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), e a doenças degenerativas e danos a órgãos e sentidos, como os rins e a visão. Segundo dados do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), anteriores à nova classificação, cerca de 30% dos brasileiros adultos apresentavam quadro de hipertensão arterial.
A mudança no entendimento da medicina brasileira sobre a questão segue diretrizes internacionais. No ano passado, por exemplo, o Congresso Europeu de Cardiologia passou a classificar a pressão arterial de 12 por 8 como elevada. Outra alteração importante estabelecida no congresso, realizado em São Paulo, é a meta de tratamento da doença. Antes, as intervenções medicamentosas e as recomendações específicas para combate à hipertensão eram feitas a partir do quadro arterial de 14 por 9. No entanto, essa recomendação passa a valer agora quando se observar um índice de 13 por 8 para todos os pacientes, independentemente de idade, sexo ou existência de comorbidades.
A reclassificação implementada pela nova diretriz tem como meta identificar precocemente pessoas em risco e incentivar boas práticas de prevenção, como alimentação balanceada, atividades físicas regulares e supressão de consumo de álcool ou cigarros. Em comunicado nas redes sociais, a SBC considera o documento como fundamental para balizar os diagnósticos e orientar a prática clínica de cardiologistas em todo o país: Essa atualização é essencial para quem busca fazer medicina baseada em evidências e alinhada às recomendações mais recentes, aponta a organização.