Como Deus nos trata

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024
Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos.
Lucas 15.29
Temos de ser bons do jeito do Senhor, e não do modo humano. O filho que ficou em casa surpreendeu o pai pela falta de amor pelo irmão desajuizado. Este, ao cair em si, viu o quanto perdera por ter ido embora. Ao se arrepender, deu a volta por cima: foi ao pai, pediu perdão e disse que fosse tratado como um de seus servos. O pai mandou que lhe fizessem uma festa, e todos se alegraram com o retorno daquele que estava morto. Jesus é lindo!
Nessa parábola, vemos o quanto o Mestre preza ajudar os perdidos em pecados, pois foram fracos e caíram nas tentações. Aprendemos a lição, ou só olhamos para o prejuízo que alguém nos dá? Ora, a recompensa que obteremos ao recebermos aquele que se havia perdido, perdoando-lhe de coração e dando-lhe a chance de se redimir é um ato de quem tem Cristo no coração. Para isso chegamos ao Reino de Deus!
O filho mais novo errou sim, mas quem não erra nesta vida? Só há um justo, o Senhor, o qual nos ensinou essa linda lição. O diabo usa os fracos na fé para não perdoarem as pessoas que buscam o apoio da família que elas desprezaram, e isso não é bom. Sem amor, elas voltarão para o mundo perdidas e não procurarão mais a casa de onde saíram. Ora, a Bíblia diz: Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma? (Mt 16.26). Nós, de fato, cremos em Deus? Medite!
O filho mais velho, que ficou em casa, encheu-se de ira diante do pai, dizendo que lhe servia há tantos anos e nunca teve nada para se alegrar com os amigos. Nessa hora, o pai percebeu o quanto esse filho também era um desperdiçador, pois não entendeu que todos os bens daquela casa eram dele (Lc 15.31). “Para que uma família enriquece?” é a pergunta que muitos deixam de fazer. Muitos ricos dão menos para as missões do que os pobres!
O filho pródigo estava arrependido, e esse era o motivo para ser aceito de novo. Afinal, ele havia provado que, longe de casa, não há paz, proteção nem consideração. Agora, juntando as forças com ele, a família poderia conseguir mais do que tinha antes da sua péssima decisão. Às vezes, não enxergamos que o erro de alguns carregam um pouco de culpa nossa. O pai, vendo que o filho reconheceu seu erro, moveu-se de íntima compaixão e decidiu fazer-lhe uma grande festa.
O mais velho não entendeu que não tivera o cabrito desejado porque não havia pedido. Isso acontece com membros da igreja que vão contra as decisões do Pai celestial em relação a quem se deixou levar pelo inimigo. Ora, seguir o Evangelho é realizar os mesmos feitos de Jesus. Jamais podemos nos tornar piores do que os perdidos. A compaixão fala alto diante de Deus e exige gastos para uma festa digna!
O verdadeiro pródigo ficou em casa, porque, para ele, só importavam as riquezas e não os seus familiares, por isso falou asperamente com o pai. Cuidado com a raiz de amargura (Hb 12.15). Ame os arrependidos!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
Oração de Hoje
Senhor, que move corações! Somos intransigentes com aqueles que desejam voltar para Ti, dizendo que, em nosso meio, não há lugar para eles. Precisamos aprender a lição mostrada na parábola e obedecer à Tua vontade!
A igreja precisa ser um lugar onde Tu habitas e reinas. Os nossos motivos são nada diante do Teu amor pelos pecadores. Dá ao Teu povo o Teu Espírito, ó bom Pastor! Leva-nos pelos caminhos perigosos para achar os perdidos!
Em nós deve haver sabedoria para salvar os ímpios da perpétua condenação. Sem o Teu entendimento, não moraremos ao Teu lado pela eternidade. Não podemos ser fariseus! Afinal, se cairmos e nos desviarmos, logo pediremos perdão e seremos reintegrados na Tua família. Pai, ajuda-nos!