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Em todo o mundo, 300 milhões de pessoas sofrem perseguição, restrição de direitos e violência por causa da fé delas em Jesus. De acordo com o relatório anual da International Christian Concern (ICC), um em cada oito cristãos está nessa situação. Os casos mais extremos de intolerância religiosa podem acarretar prisão, tortura e até execução. Divulgado em janeiro, o Índice Global da Perseguição 2025 registra que muitos indivíduos têm seus direitos negados pelo único motivo de professarem o cristianismo.
O presidente da ICC, Jeff King, destaca: “Os detalhes da perseguição que constam no nosso relatório não são incidentes isolados. Esses atos repressivos exprimem a realidade de cristãos em todo o mundo, os quais enfrentam ameaças diárias à sua vida e à liberdade religiosa”. O documento classifica 20 países de acordo com os níveis de ameaça que seus governos ou grupos radicais representam para a comunidade cristã. No nível amarelo, estão as nações nas quais os servos do Senhor estão sujeitos a ataques e prisão arbitrária. O índice laranja reúne os lugares onde há “opressão severa” ao cristianismo, e o vermelho indica países ou territórios nos quais os crentes em Jesus são regularmente torturados ou mortos em decorrência de sua fé.
Neste ano, foram incluídos na lista vermelha países da África, como Congo, Nigéria, Eritreia, Somália, Chade, Burkina Faso e Moçambique. A Coreia do Norte, o Paquistão e o Afeganistão — país cujo controle foi retomado pelos ultrarradicais islâmicos do Talibã há três anos — também estão no topo das nações hostis ao Evangelho. Os dois gigantes asiáticos, China e Índia, aparecem logo após, no padrão laranja, ao lado de Irã e Arábia Saudita. Já o nível amarelo é ocupado por Azerbaijão, Egito, Indonésia, Malásia, Mianmar, Nicarágua, Rússia e Vietnã.
O destaque negativo foi a Nigéria, considerada por muitos especialistas como o país mais perigoso para os cristãos. “Lá, nossos irmãos enfrentam a violência mais intensa”, diz Isaac Six, diretor-sênior de defesa da Global Christian Relief. Nos últimos dois anos, quase dez mil assassinatos por motivação religiosa foram registrados na nação africana, além de casos de agressões, sequestros e deslocamentos forçados. A extrema pobreza em que vivem muitas comunidades agrava o problema. “O ano de 2024 foi angustiante para um grande número de cristãos em todo o mundo”, aponta o relatório.
