Colombiana supera depressão com cirurgia
03/09/2025
Por Carlos Fernandes, do Ongrace
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Um importante indicador da economia brasileira deu sinais animadores: o preço do café teve sua primeira queda na inflação oficial em quase dois anos. A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em meados de agosto. A redução foi de 1,01% no mês de julho — seguindo uma tendência de queda já observada nos meses anteriores pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, o IPCA-15, e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
O quadro acontece após um período de forte alta do produto. Em fevereiro deste ano, o café ficou 10,77% mais caro, registrando a maior inflação do item acumulada em 12 meses desde a implantação do real, em 1994. Agora, a expectativa da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) e dos economistas é que os preços comecem a diminuir para o consumidor final ao longo do segundo semestre.
A recente alta das tarifas impostas pelos EUA a centenas de produtos brasileiros, incluindo o café, tem sido apontada como um dos possíveis motivos da redução nos preços, além de questões sazonais e regionais. Com apenas uma colheita por ano – sendo os meses de junho e julho os mais produtivos –, o café é resistente, podendo ser estocado até a safra seguinte, o que ajuda a estabilizar as cotações.
Além de ser o maior produtor mundial de café, o Brasil é o segundo maior mercado consumidor do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos — que, aliás, destacam-se como o maior comprador internacional do café brasileiro, se consideradas somente as nações, e não os blocos econômicos, como a União Europeia. Outros importadores significativos são Alemanha, Japão, Itália e Canadá. Antiga paixão nacional, o café está intimamente ligado à vida do brasileiro. Segundo a Abic, o consumo per capita no país é de cerca de 5 kg por ano, período no qual cada brasileiro tomou, em média, 1.430 xícaras da bebida. A cadeia produtiva da cafeicultura no Brasil é responsável pela geração de, aproximadamente, 600 mil empregos diretos no campo, na indústria e no comércio, e outros 2,4 milhões de postos de trabalho indiretos.
