Brasileiros querem mais influência da Bíblia nas leis do país
21/03/2025
Pessoas com deficiência não se sentem incluídas no mercado de trabalho, diz pesquisa
25/03/2025Por Carlos Fernandes, do Ongrace
COMPARTILHE
O lema iluminista liberdade, igualdade e fraternidade, que norteou a consolidação da França como Estado moderno e democrático, não tem sido a regra para todos os cidadãos do país europeu. Um movimento anticristão tem se manifestado na sociedade francesa, e uma de suas expressões mais agudas são os atentados contra templos católicos e protestantes. Somente em 2024, as autoridades de segurança registraram 770 ataques a igrejas, incluindo furtos, roubos, depredações e até tentativas de incêndio criminoso.
Na França continental, os dois maiores incêndios afetaram as igrejas católicas de Saint-Omer − localizada na Normandia e que resistiu a bombardeios durante as duas guerras mundiais do século passado − e a de Saint-Hilaire-le-Grand. As construções sofreram danos consideráveis, e a primeira teve o telhado e o campanário totalmente destruídos. Já no Departamento ultramarino da Nova Caledônia, diversas congregações foram incendiadas durante uma série de protestos contra o governo e as reformas constitucionais que regulamentam as leis eleitorais no território. Boa parte das ocorrências permanece sem identificação da autoria.
A intolerância contra espaços e símbolos do cristianismo na França não é um fenômeno isolado. O último relatório do Observatório sobre Intolerância e Discriminação contra Cristãos na Europarevela que mais de 2,4 mil investidas contra cristãos foram registrados no continente europeu em 2023. Entre as formas mais comuns de violência relatadas, estão: vandalismo contra igrejas (62%), incêndios criminosos (10%) e ameaças (8%), aponta o documento. Além da França, o Reino Unido e a Alemanha — nações com forte presença de imigrantes e cidadãos de ascendência islâmica — registram o maior número de casos, que vão desde ofensas verbais e agressões físicas a atentados de grande porte, como o ocorrido em 2020 contra uma igreja em Nice, no sul do país, quando três pessoas que aguardavam o início de uma celebração foram assassinadas.
