
Vem aí o segundo megaconcurso público
05/07/2025Por Carlos Fernandes, do Ongrace

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Uma imensa estrutura de pedra, submersa nos confins do Extremo Oriente, pode mudar a maneira como a História tem sido contada. Trata-se de uma suposta pirâmide, situada a 25 m de profundidade ao largo da Ilha Yonaguni, a mais ocidental do Japão, e distante 110 km da costa de Taiwan. Recentes estudos feitos na formação, descoberta em 1986, indicam que ela teria 12 mil anos — anterior, portanto, aos mais antigos monumentos conhecidos, como as Pirâmides do Egito, os marcos de Stonehenge ou os moais da Ilha da Páscoa.
As formações de Yonaguni têm aspecto de um zigurate – pirâmide escalonada com diferentes níveis, semelhante às deixadas, muito tempo depois, pelos povos que habitavam a América Central e os Andes. De acordo com o geólogo Masaaki Kimura, a estrutura é composta de arenito e tem idade compatível com o fim da última Era do Gelo. Isso reforça a tese de que foi construída antes de a região ser submersa devido à elevação do nível do Pacífico, provocada pelo derretimento das geleiras ancestrais.
Alguns estudiosos contestam a autoria humana da estrutura, já que não há registros de que uma comunidade pudesse ter habitado aquela parte do Oriente na época à qual é atribuída a sua eventual construção. Além disso, a formação é de pedra sólida, aparentemente impossível de ser manuseada sem equipamentos, os quais somente surgiriam milênios depois.
Contudo, a pirâmide de Yonaguni apresenta indícios de degraus esculpidos, marcos posicionados simetricamente, arcos e algo parecido com um rosto humano esculpido na pedra. Seja como for, o sítio, que desperta atenção de mergulhadores, fotógrafos e curiosos, tem sido chamado até de “Atlântida do Japão”, em referência ao mítico continente que, em tempos imemoriais, teria sido submerso.