
Vacina contra o câncer a caminho
16/07/2025Por Carlos Fernandes, do Ongrace

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Todos sabem que o estudo proporciona melhores condições de vida e rendimentos mais altos na carreira. Uma avaliação de mercado realizada pelo Instituto Insper, especializado em formação continuada, acaba de divulgar números que comprovam mais uma vez a relação entre os anos de escola e os melhores salários. Segundo o levantamento, o rendimento médio de profissionais graduados no Brasil é de 6.160 reais. Para quem chega ao nível da pós-graduação esse valor é quase o dobro, 11.600 reais. Por outro lado, quem deixou os bancos escolares com diploma de nível médio tem salários em torno de 2.655 reais.
A diferença entre os níveis de estudo demonstra que existe, de fato, uma busca por profissionais qualificados. “São pessoas mais bem equipadas para tomar decisões e apresentar potenciais soluções para problemas complexos”, avalia a diretora de Recursos Humanos Alessandra Nogueira. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, ela lembrou que o profissional precisa se manter em constante aprendizado e capacitação. “A gente vê valor nisso”, sintetiza Nogueira, acrescentando que as transformações do mercado têm mudado bastante o perfil acadêmico dos brasileiros: no início deste século, apenas 6% tinham Ensino Superior completo. Hoje, essa é a escolaridade de 20% da população nacional.
O economista Naercio Menezes Filho, coordenador da pesquisa do Insper, analisa esse novo momento no Brasil. “Quem possuía graduação tinha o diferencial do salário mais alto. Agora, é a pós-graduação que ganha espaço como garantia de aumento de rendimentos no país”, sustenta o especialista, ressaltando que é importante pensar no mercado de trabalho como uma corrida entre tecnologia e educação. “Quando a tecnologia aumenta, requer mais qualificação, e, por conseguinte, o salário sobe. Isso não significa a desvalorização do tradicional Ensino Superior, mas uma elevação do nível de exigência em função da competitividade do mercado.”