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Os benefícios da atividade física para o cérebro

Por Carlos Fernandes, do Ongrace

Além dos muitos benefícios ao sistema cardiovascular, exercícios de fortalecimento muscular favorecem a saúde mental – imagem: Volodymyr / Adobe Stock

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Se você não abre mão de praticar musculação e frequentar regularmente a academia, parabéns! Além dos músculos, do sistema cardiovascular e da estrutura óssea, você está treinando o seu cérebro. É o que dizem estudos a respeito desse tipo de atividade física, vista como grande aliada dos cuidados da saúde mental.

A frase em latim mens sana in corpore sano(“mente sadia em corpo sadio”), atribuída a Juvenal, poeta da Roma Antiga, sintetiza a ideia. “Já há inúmeras pesquisas científicas mostrando que a prática de exercício físico regular impacta a saúde mental positivamente”, esclareceu a Dra. Bruna Campos, psiquiatra pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em entrevista ao portal UOL.

Ao longo dos últimos anos, a concepção do fitness passou por mudanças significativas. Se, antes, a prioridade eram os treinos centrados nas funções cardiovasculares, como os exercícios aeróbicos, hoje, a prioridade tem sido os treinos de força. Assim, as atividades com pesos foram ganhando novo status à medida que mais estudos apontavam que uma musculatura fortalecida prepara o indivíduo para ter maior autonomia na maturidade. Agora, a nova sensação é saber que o investimento na boa forma beneficia grandemente também a nossa saúde mental.

Uma reportagem da Agência Brasil cita um estudo desenvolvido no Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (Brainn), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o qual revela que manter uma rotina de musculação protege o cérebro de pessoas idosas contra demências. A pesquisa, detalhada em artigo publicado pela revista GeroScience, acompanhou 44 indivíduos que já apresentavam um comprometimento cognitivo leve, estágio entre o comprometimento do envelhecimento normal e a doença de Alzheimer, o modo mais comum de demência.

O que se descobriu foi que praticar musculação duas vezes por semana, com intensidade moderada ou alta, preservou o hipocampo [estrutura localizada nos lobos temporais do cérebro humano, considerada a principal sede da memória] e o pré-cúneo, área do cérebro localizada no lobo parietal medial, responsável por funções sensório-motoras, cognitivas e visuais. Para analisar os possíveis efeitos da musculação no cérebro dos participantes, a equipe responsável pela sondagem realizou testes neuropsicológicos e exames de ressonância magnética. Os especialistas buscavam comparar índices e imagens, uma vez que já se sabe que, entre pessoas com perdas cognitivas, há atrofia − redução do volume de certas regiões do cérebro.

Atualmente, no Brasil, cerca de 2,71 milhões de pessoas com 60 anos ou mais convivem com quadros de demência, o que corresponde a 8,5% desse grupo populacional. De acordo com o Relatório Nacional sobre a Demência, lançado pelo Ministério da Saúde em setembro do ano passado, essa quantidade deve dobrar até 2050, subindo para 5,6 milhões.

O relatório do Brainn salienta que 45% dos casos de demência poderiam ser evitados ou, pelo menos, ter surgido mais tardiamente. Entre os fatores que aumentam as probabilidades de se desenvolver demências, estão: baixa escolaridade, perda auditiva, hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo, depressão, inatividade física e isolamento social.

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