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Por Marcia Pinheiro, do Ongrace
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O obstetra Alexandre Taniguti disse recentemente em uma publicação no Instagram que ora por todos os bebês que ele ajuda a nascer, declarando bênçãos sobre as novas criaturinhas de Deus. Ele encoraja grávidas a orarem por seus filhos, especialmente a partir de 22 semanas, quando os bebês já podem ouvir. Taniguti afirma que essa conexão espiritual faz diferença na vida do bebê e também da mãe.
A postagem gerou grande interação, com elogios de seguidores que compartilham práticas semelhantes, como orações e louvores para os filhos ainda no útero, demonstrando a importância da fé nesse vínculo. Para Danielle Degani, psicóloga do projeto Graça em Ação, na Igreja Internacional da Graça de Deus Taquara/Merck, a prática é altamente recomendável. “Orar pelos filhos é um dos atos mais profundos de amor e cuidado espiritual, uma intercessão que transcende qualquer barreira física ou emocional”, comenta.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) também reconhece que a fé pode ter impactos positivos na saúde física, emocional e psicológica das pessoas. Em 2004, o São Paulo Medical Journal, da Associação Paulista de Medicina, publicou uma pesquisa que afirma o poder da oração na recuperação de pacientes com câncer.
Quando os pais se colocam diante de Deus em oração, entregando a Ele a vida dos filhos, eles reconhecem que, apesar de toda a sua dedicação e todo esforço, existe um Pai celestial que é a verdadeira fonte de proteção, sabedoria e direção para a vida de seus filhos”, afirma Danielle. “A oração dos pais é uma semente de fé, de esperança, e uma entrega para que Deus direcione os passos de seus filhos. Ela vai além de palavras; é uma maneira de os pais expressarem a sua dependência do Senhor, reconhecendo que só Ele pode guiar os corações e as mentes dos filhos, protegendo-os dos perigos visíveis e invisíveis”, continua.
Nos Estados Unidos, uma pesquisa da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, comprovou que pacientes que oram, ou recebem orações, apresentam 40% menos chances de sofrer depressão durante o tratamento de doenças em geral; é uma indicação de que esse ato de fé pode ser um poderoso reforço para o sistema imunológico, auxiliando o corpo e a mente.
“Há uma paz indescritível para os pais ao clamar por eles [pelos filhos], esses pais colocam suas expectativas, seus sonhos e as futuras gerações diante do Criador. O próprio Jesus nos lembra da importância da fé na intercessão em Mateus 7.7: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á, reforça a psicóloga.
De acordo com a ciência, a oração pode trazer vários benefícios, como:
1.Fortalecimento mental: a oração pode ser um exercício mental que ajuda a controlar a ansiedade e a depressão.
2.Melhora do funcionamento cognitivo: a oração pode ajudar a melhorar o foco e a atenção, e a desenvolver a empatia.
3.Liberação de neurotransmissores: a oração pode ajudar a liberar neurotransmissores como a dopamina e a endorfina, que estão associados ao bem-estar e ao prazer.
4.Ativação do cérebro: a oração ativa regiões do cérebro como o córtex pré-frontal medial e o córtex cingulado, que estão relacionadas com a autorreflexão e a empatia.
5.Fortalecimento do lobo frontal: a oração e o canto de músicas religiosas podem fortalecer o lobo frontal, que ativa o sistema imunológico.
6.Redução do estresse: a oração pode ajudar a reduzir o estresse psicológico e a inflamação.
7.Melhora do estado mental: a oração pode contribuir positivamente para o estado mental das pessoas.
“Orar pelos filhos é um ato poderoso e eterno, pois ecoa no tempo e deixa um legado espiritual que os acompanhará por toda a vida. Ao fazer isso, os pais pedem que Deus os faça crescer na fé, na sabedoria e no amor. Além disso, ao orarem, criam um exemplo de fé viva, deixando que a confiança no Senhor seja o maior testemunho para seus filhos, uma marca que os pequenos jamais esquecerão. Filhos que recebem palavras positivas têm mais confiança em si mesmo, tem autoestima elevada e constroem relações saudáveis”, conclui Danielle.