Evangelismo da IIGD sede São Paulo anuncia Palavra que liberta os cativos

Por Marcia Pinheiro, do Ongrace

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A cidade de São Paulo atingiu, no último mês de junho, o total de 80.369 pessoas vivendo em situação de rua, segundo o levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Os dados apontam aumento de 24% em relação a dezembro de 2023, quando o levantamento contabilizava um total de 64.818 pessoas nesse perfil pelas ruas da capital. Essa temática faz parte da agenda da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) sede São Paulo, que realiza ações de evangelismo junto a essa população, entre outras frentes, como idosos, pessoas privadas de liberdade e enfermas em hospitais.

O grupo de evangelismo surgiu há 26 anos, quando alguns obreiros começaram a evangelizar nas ruas do Centro da capital paulista. O amor ao próximo tem feito o trabalho prosperar. As ações acontecem diariamente, exceto às quartas-feiras, dia dedicado à família. Cerca de 150 pessoas têm sido alcançadas semanalmente. Além da Palavra de salvação, os evangelistas também distribuem lanches. Eles costumam entregar, aproximadamente, 1.500 lanches e 400 litros de chá, café ou chocolate por mês.

Cumprir o Ide levando a Palavra aos que não vão à Igreja e, assim, destruir as obras do diabo é a principal missão desses irmãos com o coração ardendo por vidas.

Desde 2008, Rosângela Basile lidera esse grupo. Ela cita algumas modalidades de evangelismo desenvolvidas:

Igreja da Graça na rua
– A equipe realiza um culto similar ao feito na Igreja, com louvor, ministração da Palavra, oração de salvação, libertação e cura. Depois, são distribuídos lanches, geralmente compostos por chá-mate com limão, café ou chocolate quente com pão com manteiga, ou pão com patê de atum, ou pão com mortadela. Em seguida, o grupo se coloca à disposição para atender às pessoas.

“Enquanto a reunião acontece, parte do grupo evangeliza nos arredores da praça, dando a Palavra, orando e convidando as pessoas para participarem do culto”, comenta Rosângela.

Essa ação acontece todas as semanas:

Domingo – Praça da República – às 9h

Segunda-feira – Praça Ramos – às 19h30

Terça-feira – Largo do Paissandu – às 19h30

Sexta-feira – Esquina da Praça da República – às 19h30

As equipes têm a própria estrutura com caixas de som, amplificador, microfones e gerador. Eles mesmos compraram esses equipamentos no decorrer dos anos.

Evangelismo na rua – Os evangelistas saem em grupo e se separam de dois em dois. No final, encontram-se novamente.

Sábado – Arredores da Praça da República até a Praça Ramos – às 11h

Evangelismo no hospital – Os evangelistas abordam as pessoas na porta do hospital, e caso recebam autorização da unidade de saúde, visitam o paciente.

Domingo – Hospital Beneficência Portuguesa/Estação Vergueiro do Metrô – às 13h

Domingo – Hospital Barra Funda/ Centro – às 13h

Domingo – Hospital Santa Casa-Centro – às 13h

Evangelismo Casa de Idosos – A população da Melhor Idade também merece uma atenção especial. Há dois grupos de atuação para essas pessoas:

Sábado – Casa de Idosos – Centro – às 8h. Acontece uma vez por mês por meio de um culto. Em seguida, são distribuídos café com variedade de bolos aos participantes.

Domingo – Casa de Idosos Canindé – às 13h. Essa ação é realizada também uma vez ao mês. Os participantes se reúnem na calçada em frente à Casa para louvar, pregar a Palavra e fazer a oração de salvação, libertação e cura.

Evangelismo no presídio

Domingo – Presídio Carandiru – às 8h

Evangelismo na Cracolândia

Sexta-feira – Cracolândia – 19h30

Rosângela lidera o grupo da Praça da República. Ela conta que, inicialmente, atuava na Cracolândia. “Evangelizamos de dois em dois, dentro do fluxo, onde fica a maioria dos dependentes químicos”, comenta. “A prefeitura tem um posto dentro da Cracolândia, e nós conseguimos realizar um culto lá dentro. Certo dia, houve uma batida de policiais atrás de traficantes, mas nós seguimos nossa programação normalmente”, prossegue. “Muitas vidas foram salvas, houve libertação. Foi uma grande bênção. Não temos imagens, pois não é permitido fazer esses registros lá dentro”, destaca.

A evangelista diz que, depois da pandemia, não retornaram à Cracolândia. “Mas queremos trabalhar na formação de pessoas e voltar para fazer ações lá aos domingos”, revela. Parte do pessoal que atuava na Cracolândia agora está na Praça da República.

Evangelismo de bairro

Os integrantes do evangelismo também fazem ações pontuais, visitando membros que, por algum motivo, encontram-se desanimados em sua caminhada com Cristo. Quando uma nova Igreja é aberta, o grupo é convocado pelo pastor para fazer um evangelismo específico no bairro. “Chamamos os evangelistas da sede (nosso grupo) e vamos evangelizar, inicialmente aos sábados, porque a maioria dos voluntários trabalha”, diz Rosângela.

“Sempre lembrando o que está escrito no Manual de evangelismo, do Missionário R. R. Soares, no capítulo 2, item II, a ordem de Jesus: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura, em Marcos 16.15, em que o autor cita sobre a tríplice missão da Igreja: 1 – Com Deus (comunhão com Ele); 2 – Com ela mesma (comunhão com os irmãos); 3 – Com o mundo (levar o Evangelho aos perdidos)”, enfatiza.

Vidas transformadas

Ao longo destes 26 anos, Rosângela já viu muitas vidas serem alcançadas pela graça do Senhor. Pessoas que antes viviam nas ruas, sem banho, tampouco comida, e agora têm um lar, tanto na Terra como no Céu. “Lembro-me de um senhor que morava no coreto, mudou de vida somente ouvindo a Palavra. Ele vivia dormindo e acordava quando a Palavra era pregada. Hoje, tem sua casa, trabalha, casou-se e, de vez em quando, vai à praça, mas só para levar o cachorro para passear”, relata.

Ela relembra vários outros casos de pessoas que, após terem conversado com integrantes dos grupos de evangelização nas ruas, mudaram de ideia e voltaram para a casa sem chegar à Cracolândia. Lá, muitas prostitutas acabaram se reconciliando com o Senhor devido ao evangelismo. São histórias de pessoas que encontraram emprego, pararam de beber, largaram as drogas, desistiram de tirar a própria vida, foram curadas. “Denilson parou de fumar, saiu da rua e está trabalhando. Por enquanto, ainda mora em um abrigo, mas está indo à Igreja”, cita Rosângela. “Marcos usava drogas e vivia na rua. Estava sem emprego e, agora, vai aos cultos de rua todas as semanas. Ele arrumou emprego, parou de usar drogas e retornou para casa”, comemora.

Ore

A batalha é grande e, contra ela, além de ação é preciso também oração. Clame a Deus pelos grupos de evangelismo da IIGD. É fundamental que mais pessoas tenham o desejo de fazer parte dessa obra maravilhosa.

“Agradeço a Deus pela oportunidade de divulgar o nosso trabalho para que possamos cumprir o nosso propósito de alcançar as vidas para o Senhor da seara. Ele nos escolheu e nos capacitou, isso é muito gratificante. Amamos o Senhor de todo o nosso coração”, encerra Rosângela.