ongrace.com

> Bíblia Online

Jeremias4

1Se voltares, ó Israel, diz o SENHOR, para mim voltarás; e, se tirares as tuas abominações de diante de mim, não andarás mais vagueando,

2e jurarás: Vive o SENHOR, na verdade, no juízo e na justiça; e nele se bendirão as nações e nele se gloriarão.

3Porque assim diz o SENHOR aos homens de Judá e a Jerusalém: Lavrai para vós o campo de lavoura e não semeeis entre espinhos.

4Circuncidai-vos para o SENHOR e tirai os prepúcios do vosso coração, ó homens de Judá e habitantes de Jerusalém, para que a minha indignação não venha a sair como fogo e arda de modo que não haja quem {a} apague, por causa da malícia das vossas obras.

5Anunciai em Judá, e fazei ouvir em Jerusalém, e dizei: Tocai a trombeta na terra! Gritai em alta voz, dizendo: Ajuntai-vos, e entremos nas cidades fortes!

6Arvorai a bandeira para Sião, fugi para salvação vossa, não pareis; porque eu trago um mal do Norte, uma grande destruição.

7{já} um leão subiu da sua ramada, e um destruidor das nações; ele já partiu {e} saiu do seu lugar para fazer da tua terra uma desolação, a fim de que as tuas cidades sejam destruídas, e ninguém habite nelas.

8Por isso, cingi-vos de panos de saco, lamentai e uivai; porque o ardor da ira do SENHOR não se desviou de nós.

9E sucederá, naquele tempo, diz o SENHOR, {que} se desfará o coração do rei e o coração dos príncipes; e os sacerdotes pasmarão, e os profetas se maravilharão.

10Então, disse eu: Ah! Senhor JEOVÁ! Verdadeiramente trouxeste grande ilusão a este povo e a Jerusalém, dizendo: Tereis paz; pois a espada penetra-lhe até à alma.

11Naquele tempo, se dirá a este povo e a Jerusalém: Um vento seco das alturas do deserto {veio} ao caminho da filha do meu povo, não para padejar, nem para alimpar.

12Um vento {ou vento forte de mais para tal virá} virá a mim, de grande veemência; agora, também eu pronunciarei juízos contra eles.

13Eis que virá subindo como nuvens, e os seus carros, como a tormenta; os seus cavalos serão mais ligeiros do que as águias. Ai de nós, que somos assolados!

14Lava o teu coração da malícia, ó Jerusalém, para que sejas salva; até quando permanecerão no meio de ti os teus maus pensamentos?

15Porque uma voz anuncia desde Dã e faz ouvir a calamidade desde o monte de Efraim.

16Proclamai isto às nações, fazei-o ouvir contra Jerusalém: Vigias vêm de uma terra remota e levantarão a sua voz contra as cidades de Judá.

17Como os guardas de um campo, eles a rodeiam; porquanto ela se rebelou contra mim, diz o SENHOR.

18O teu caminho e as tuas obras te trouxeram estas coisas; esta {é} a tua iniqüidade, que, de {tão} amargosa, te chega até ao coração.

19{ah!} Entranhas minhas, entranhas minhas! Estou ferido no {Heb. nas paredes do meu coração!} meu coração! O meu coração ruge; não me posso calar, porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta {e} o alarido da guerra.

20Quebranto {ou Destruição sobre destruição} sobre quebranto se apregoa, porque já toda a terra está destruída; de repente, foram destruídas as minhas tendas, {e} as minhas cortinas num momento.

21Até quando verei a bandeira {e} ouvirei a voz da trombeta?

22Deveras o meu povo {está} louco, já me não conhece; {são} filhos néscios {ou obtusos} e não inteligentes; sábios {são} para mal fazer, mas para bem fazer nada sabem.

23Observei a terra, {e} eis que {estava} assolada e vazia; e os céus, e não tinham a sua luz.

24Observei os montes, e eis que {estavam} tremendo; e todos os outeiros estremeciam.

25Observei e vi que homem nenhum havia e que todas as aves do céu tinham fugido.

26Vi também que a terra fértil {era} um deserto e que todas as suas cidades estavam derribadas diante do SENHOR, diante do furor da sua ira.

27Porque assim diz o SENHOR: Toda esta terra será assolada; de todo, porém, {a} não consumirei.

28Por isso, lamentará a terra, {e} os céus em cima se enegrecerão; porquanto {assim o} disse, {assim o} propus e não me arrependi nem me desviarei disso.

29Ao clamor dos cavaleiros e dos flecheiros fugiram todas as cidades; entraram pelas nuvens {ou matas} {e} subiram pelos penhascos; todas as cidades {ficaram} desamparadas, e {já} ninguém habita nelas.

30Agora, {pois,} que farás, ó assolada? Ainda que te vistas de carmesim, ainda que te adornes com enfeites de ouro, ainda que te pintes em {volta dos teus} olhos com o antimônio, debalde te farias bela; os amantes te desprezam e procuram {tirar-te} a vida.

31Porquanto ouço uma voz como de mulher que está de parto, uma angústia como da que {está} com dores do primeiro filho; a voz da filha de Sião, ofegante, que estende as mãos, {dizendo:} Oh! Ai de mim agora! Porque a minha alma desmaia diante dos assassinos.


Tradução: João Ferreira de Almeida - Atualizada