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26/12/2024
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27/12/2024Estudos mostram que a generosidade é inerente aos cristãos
Por Carlos Fernandes, do Ongrace
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Um estudo realizado pela Sociedade Bíblica Americana (ABS, a sigla em inglês) confirma que a generosidade é um valor inerente ao cristianismo. O relatório, intitulado State of the Bible 2024 (Estado da Bíblia 2024, em tradução livre), foi elaborado com base em entrevistas com cerca de 2,5 mil pessoas e demonstrou que os cristãos tendem a ser mais solidários que a média da população. Além disso, a prática de doar — tanto à igreja quanto a instituições de caridade — aumenta a sensação de felicidade e satisfação com a vida. “Podemos dizer que as pessoas engajadas com as Escrituras formam um enorme motor de generosidade e filantropia. Aqueles que leem a Bíblia de forma consistente e vivem de acordo com seus ensinamentos são mais propensos a doar”, destaca John Plake, diretor de Inovação da ABS.
Outro dado interessante é que essa motivação independe da condição financeira do doador. Na verdade, os pesquisadores constataram o contrário: os cristãos de baixa renda doam pelo menos 10% de seu dinheiro aos mais necessitados, índice superior ao dos evangélicos que possuem mais recursos. Assim, as doações têm volume inversamente proporcional à renda: famílias com menos de 20 mil dólares (cerca de R$ 120 mil) por ano doam até 11% de seus ganhos, enquanto indivíduos que ganham até 50 mil dólares oferecem, em média, 5,4% de seus recursos.
Essa descoberta remete às palavras de Jesus sobre a oferta da viúva pobre, narrada nos evangelhos. Segundo o Mestre, aquele ato tinha um mérito maior, já que a mulher doara tudo o que tinha. Como mencionado na Bíblia: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber (At 20.35), os mais generosos em relação aos próprios recursos experimentam não só os benefícios materiais e espirituais desse ato, mas também emocionais. Outro estudo, publicado na revista Current Directions in Psychological Science,aponta que os benefícios de ajudar alguém são evidentes em doadores idosos ou jovens e se refletem não só no bem-estar subjetivo dessas pessoas, como também na saúde objetiva delas.
